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👉🏼 Na segunda semana de agosto de 1967 os autores estadunidenses:

David G. Ashbaugh, 
M.D., Universidade Estadual de Ohio Professor Assistente de Cirurgia
D. Boyd Bigelow
M.D., Universidade do Colorado
Assistente em Medicina e Bolsista da American Thoracic Society–National Tuberculosis Association em Doenças Pulmonares
Thomas L. Petty
M.D., Universidade do Colorado
Professor Assistente de Medicina
Bernard E. Levine
M.D., Universidade de Michigan
Bolsista da American Thoracic Society–National Tuberculosis Association em Doenças Pulmonares

👉🏼 Publicaram a primeira descrição da Síndrome da Angústia Respiratória Aguda, SARA, no tradicional periódico, The Lancet, fundado ainda em 1823 no Reino Unido.

👉🏼 O trabalho foi realizado nos Departamentos de Cirurgia e Medicina, Centro Médico da Universidade do Colorado, Denver, Colorado, EUA.

🤔 Interessante tantos anos depois verificar o quanto se pode inferir simplesmente por meio da observação e registros cuidadosos de casos de pacientes, com reflexão em bases fisiopatológicas e “olhar” clínico e científico integrados buscando a identificação e a classificação de padrões. Essa rara característica da "inteligência natural" humana segue sendo a base da Ciência Médica.

👉🏼 Descrevendo as características clínicas, funcionais, radiológicas, patológicas, a resposta à ventilação mecânica com pressão positiva e à farmacoterapia em apenas 12 pacientes, os autores descrevem os seguintes achados centrais da então novíssima Síndrome:

👉🏼 A síndrome foi observada em 12 pacientes que apresentavam:
Início agudo de taquipneia 
Hipoxemia 
Redução da complacência pulmonar 

👉🏼 A insuficiência respiratória foi desencadeada por diversos fatores que ocorreram entre 1h até 4 dias do quadro, incluindo: politrauma (com ou sem contusão pulmonar) em 7 pacientes, pneumonia viral em 4, pancreatite em 1, 5 desses pacientes com hipotensão grave.

👉🏼 As características clínicas e patológicas (avaliadas em necrópsia dos 7 pacientes que faleceram, 58%) se assemelhavam a já descrita Síndrome do Desconforto Respiratório em recém-nascidos incluindo achados de 
Atelectasia congestiva
Condições pulmonares pós-perfusão

🤔 Foi postulada ainda uma possível relação com a inativação do surfactante.

💡A pressão positiva no final da expiração (PEEP) foi a estratégia mais eficaz para combater a atelectasia e a hipoxemia. Sim, a PEEP ganhou vida com a SARA!

🤔 Os corticosteroides demonstraram ser úteis no tratamento de:
Embolia gordurosa
Possivelmente em casos de pneumonia viral

😉 Sensacional, não?

Segue o link para o artigo original:

ACUTE RESPIRATORY DISTRESS IN ADULTS Ashbaugh, DavidG. et al. The Lancet, Volume 290, Issue 7511, 319 - 323

😉 Vamos em próximos posts neste mesmo tópico comentar pontos interessantes dessa história que começou em 1967, e ainda não tem data prevista para acabar. Muitos pontos ainda precisam ser melhor compreendidos e conectados para maior compreensão e desenho de intervenções visando a prevenção, o tratamento e a reabilitação dos pacientes com SARA.