Hoje vamos de um estudo publicado recentemente (07 de fevereiro de 2022) com a temática desmame da VM comparando peça-T vs PSV.

Vem com a gente!

Os autores relembram que Diretrizes recentes recomendam a realização de teste de respiração espontânea (TRE) com aumento modesto da pressão inspiratória, em vez de peça em T ou pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). No entanto, baseou-se em poucos estudos focados nos resultados da extubação e não no processo de desmame, apesar da existência de várias situações de desmame na prática clínica (simples, difícil e prolongado).

Este estudo foi desenhado para investigar os efeitos do TRE com ventilação com pressão de suporte (PSV) ou peça T nos resultados do desmame da ventilação mecânica (VM).

Todos os pacientes admitidos em duas unidades de terapia intensiva (UTI) clínicas que necessitaram de VM por mais de 24 h de 1º de novembro de 2017 a 30 de setembro de 2020 foram registrados prospectivamente.

Vejam que interessante, eles usaram a classificação de WIND para categorizar todos os pacientes em desmame simples, difícil e prolongado da VM. Tendo como desfecho primário o sucesso do desmame definido de acordo com essa classificação comparando entre o grupo Peça-T e o grupo PSV.

Descrevo abaixo um trecho da metodologia utilizada no processo de desmame da VM:

“Nosso hospital implementou programas de desmame padronizados usando uma abordagem orientada por protocolo e orientada por profissionais de cuidados respiratórios desde 2010. Os detalhes do processo de desmame foram descritos em publicações anteriores. Um arquivo adicional mostra isso com mais detalhes (consulte Arquivo adicional 1).

Os critérios de prontidão para o desmame incluíram:

- resolução da fase aguda da doença para a qual o paciente foi intubado,

- tosse adequada,

- ausência de secreção traqueobrônquica excessiva,

- estado cardiovascular estável,

- oxigenação adequada,

- função pulmonar adequada,

- sensório adequado.

Se o paciente preenchia os critérios de prontidão para a tentativa de desmame, era submetido ao TRE de acordo com o protocolo.”

GRUPO Peça-T: A VM foi desconectada do paciente e o oxigênio suplementar foi fornecido como um gás misturado a um fluxo de 9 L/min com menos de 40% da fração inspirada de oxigênio através do sistema peça-T conectado ao tubo endotraqueal ou de traqueostomia.

GRUPO PSV: Os pacientes foram submetidos ao TRE ligados às configurações do ventilador com pressão de suporte de 8 cmH₂O e PEEP de 0. FiO₂ manteve a mesma de antes do TRE.

- 30 minutos foi definido como o tempo de realização do teste para ambos os grupos.

Entre os 787 pacientes elegíveis, 473 usaram peça T e 314 pacientes usaram PSV como TRE inicial.

As características demográficas e clínicas basais se encontram na tabela 1.