Os doze “mandamentos” para ventilação mecânica de pacientes com SARA secundária a sepse grave
Última atualização: Segunda, 04 de Fevereiro de 2013, as 20:55
A Society of Critical Care Medicine publicou este mês de fevereiro (CCM, 2013; 41(2):580-637) artigo especial atualizando as diretrizes para manejo de pacientes com sepse. Destacamos abaixo os doze “mandamentos” para ventilação mecânica de pacientes com SARA secundária a sepse grave segundo as novas diretrizes do Sepsis Surviving Campaign (grau de evidência entre parênteses):
1. Ofertar um volume corrente de 6ml/kg (vs 12ml/kg) de peso corporal previsto ou peso ideal (1A);
2. Medir de rotina a pressão de pausa ou de platô e mantê-la ≤ 30 cm H2O (1B);
3. Aplicar PEEP para reverter ou prevenir o colapso alveolar minimizando o “atelectrauma” (1B);
4. Preferir “altos” em detrimento de “baixos” níveis de PEEP em casos de SARA moderada a grave (2C);
5. Realizar manobras de recrutamento alveolar em pacientes com hipoxemia refratária (2C);
6. Adotar a posição prona em pacientes com SARA grave com uma relação PaO2/FIO2 ≤ 100 na disponibilidade de profissionais com experiência no procedimento (2B);
7. Elevar a cabeceira da cama a 30-45o para limitar o risco de aspiração e para prevenir o desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação, PAV (1B);
8. Usar ventilação não-invasiva por máscara (VNI) na minoria de casos em que a indicação é bem embasada, em que os potenciais benefícios claramente compensam os riscos (2B);
9. Adotar um protocolo de desmame que inclua: testes de respiração espontânea (TRE) nos pacientes com os seguintes critérios: a) seja despertável b) esteja hemodinamicamente estável (sem vasopressores); c) não apresente novas condições potencialmente graves; d) siga em uso de baixos níveis de suporte ventilatório e de PEEP e baixa FIO2 (por exemplo < 40 a 45%). Deve-se extubar os pacientes que passam no TRE (1A);
10. Não utilizar rotineiramente o cateter na artéria pulmonar (1A);
11. Adotar uma estratégia conservadora e não liberal para infusão de fluidos desde que não haja sinais de hipoperfusão tissular (1C);
12. Não administrar β2 agonistas exceto se houver condições para sua indicação como broncoespasmo (1B).
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